
Quimicamente, a meditação parece estimular uma maior produção de certos neurotransmissores no cérebro, como a dopamina, responsável pelo sentimento de prazer e bem-estar, e a serotonina, ligada à sensação de felicidade - explica o psicólogo e mestre em neurociências da USP, Leonardo Mascaro, que acaba de lançar o livro “A arquitetura do eu”. - Isso tudo ajudaria a explicar as melhorias de humor registradas nos praticantes de meditação.
Em torno desse relativamente novo conceito, a meditação tem sido estudada por meio de técnicas científicas, como a análise das ondas cerebrais e procedimentos de diagnóstico por imagens, como o eletroencefalograma. O objetivo de especialistas como o médico psiquiatra Alcio Braz, mestre em antropologia social, é entender como a meditação atua no cérebro enquanto seus praticantes encontram-se imersos em profundos estágios de interiorização.
- A medicina ainda não explica todos os efeitos da meditação - diz Alcio Braz, que é chefe do Serviço de Saúde Mental do Hospital da Lagoa. - Sabe-se que parte desses efeitos tem a ver com modificações dos padrões de resposta a situações estressantes, com aumento da atividade de áreas de inibição da ansiedade e diminuição da secreção dos hormônios vinculados à reação aguda ao stress.
Fonte: O Globo
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